Homenagem


Homenagem Justa aos três grandes times do estado, que nesse ano foram mais que vitoriosos!

Longe de qualquer rivalidade pudemos concluir que o ano de 2011 foi o ano de Pernambuco, nesse ano a gente pode observar um clube de massa e do povo sair da última divisão do campeonato brasileiro e vencer um título regional depois de anos de sofrimento e consecutivos rebaixamentos além de conseguir uma vitória importante sobre um dos maiores clubes do mundo (São Paulo) com cerca de 50 mil espectadores e de vencer três vezes o seu principal rival mesmo com toda diferença financeira das equipes, claro que estamos falando do Santa Cruz. Podemos também observar um clube que há anos não consegue um título importante, mesmo assim formou um elenco de série A e conseguiu finalizar uma competição disputadíssima que é a série B sem perder um jogo em casa que no caso é o Náutico. E por último pudemos observar um clube que não conseguiu durante o ano demonstrar um futebol há altura do elenco que tem, mesmo assim, conquistou uma classificação que poderíamos apontar como histórica, na raça e na vontade se fomos levar as circunstâncias que o Sport passava no campeonato. Então, mais uma vez podemos ver que essa classificação do Santa Cruz, Náutico e Sport apesar da rivalidade foi um ponto para Pernambuco, um salto para mostrar para tudo e para todos lá fora que aqui ainda existe futebol.
Parabéns, Pernambuco, enfim esse ano é só alegria para a torcida do nosso estado, se divirtam e comemorem sem violência e muita PAZ!

Santa Cruz Futebol Clube
O Santa, como é chamado, ostenta entre as suas principais conquistas, 25 títulos estaduais (dentre os 25 títulos possui 3 Super-Campeonatos, sendo o único Tri-Super Campeão pernambucano), 1 Taça Norte-Nordeste e o prêmio de Fita Azul do Brasil em 1980, já tendo sido semifinalista do Campeonato Brasileiro na década de 1970, sua fase áurea.
Possui rivais históricos, como o Sport Club do Recife, com o qual protagoniza o Clássico das Multidões; o Clube Náutico Capibaribe, com quem disputa o Clássico das Emoções; e o América, contra quem joga o Clássico da Amizade.
Tendo sido criado por um grupo de 11 meninos do Recife, a ideia do nome "Santa Cruz" adveio em razão do pátio da Igreja de Santa Cruz, onde este grupo de jovens, com idades entre 14 e 16 anos, costumava jogar futebol - afinal, naquela época não existiam campos.
Os fundadores do clube reuniram-se na Rua da Mangueira n° 2, distrito da Boa Vista, por volta das 19 horas. Estiveram presentes os senhores Quintino Miranda Paes Barreto, José Luiz Vieira, José Glacério Bonfim, Abelardo Costa, Augusto Flankin Ramos, Orlando Elias dos Santos, Alexandre Carvalho, Oswaldo dos Santos Ramos e Luiz de Gonzaga Barbalho Uchôa Dornelas Câmara.
O primeiro adversário do Santa Cruz foi o Rio Negro, na campina do Derby, onde foi atraído um bom público para ver jogar o "time dos meninos". O time, apesar de acostumado a jogar somente nas ruas, não estranhou o campo e conseguiu uma fácil vitória pelo placar de 7 a 0. A equipe era formada por: Waldemar Monteiro; Abelardo Costa e Humberto Barreto; Raimundo Diniz, Osvaldo Ramos e José Bonfim; Quintino Miranda, Sílvio Machado, José Vieira, Augusto Ramos e Osvaldo Ferreira.
O Rio Negro, não conformado com a goleada sofrida, pediu revanche, chamando o jogo para o seu campo, localizado na Rua São Borja, impondo ainda uma condição: o centroavante Sílvio Machado, do Santa Cruz, não poderia atuar, porque tinha sido o melhor jogador em campo na primeira partida, tendo marcado 5 dos 7 gols do Santa Cruz. O time tricolor aceitou a condição e escalou Carlindo para substituir o seu artilheiro. Ao final do jogo, o placar apontava 9 a 0 para o Santa Cruz, tendo Carlindo assinalado seis gols.
Treinando sempre com a bola que José Luis Vieira ajudou a comprar por 8.500 réis, o Santa viria depois a conquistar mais uma sensacional vitória sobre um time famoso da cidade, na época: o Western Telegraph Company, composto exclusivamente por jogadores ingleses que trabalhavam no Recife.
Como não podia ser diferente, o Santa Cruz passou por momentos de crises e, em um desses momentos, mais precisamente em 1914, foi proposto por um dos fundadores em uma reunião, o gasto dos únicos seis mil réis existentes em caixa na compra de uma máquina elétrica de fazer caldo de cana (o que era sucesso na época, na Rua da Aurora). Foi quando Alexandre de Carvalho deu um murro em cima da mesa, evitando com esse gesto de revolta o fechamento do clube.
Como foi fundado por representantes da classe média, o Santa Cruz sempre foi um clube popular, aceitando inclusive negros no time (o primeiro foi Teófilo Batista de Carvalho, conhecido popularmente por Lacraia), coisa rara nesta época. Era mais um passo para a popularização do clube, numa época em que o futebol ainda era um esporte fechado, praticado por rapazes da elite ou por funcionários das várias companhias inglesas que funcionavam na cidade do Recife.
Logo, os torcedores pernambucanos tomaram conhecimento das façanhas de Pitota e Tiano (o médico Martiniano Fernandes), que em dado momento tornou-se para os recifenses mais importante do que Santos Dumont, o pai da aviação. No dia 30 de janeiro de 1919, Dumont transitava pela capital pernambucana, mas a cidade só comentava sobre a vitória tricolor sobre o Botafogo – a primeira de um time do Nordeste sobre uma equipe do Rio de Janeiro – por 3 a 2. Tiano marcou dois gols e o "Jornal Pequeno", da segunda-feira, 31, dizia: "O Botafogo Futebol Clube é derrotado pelos "meninos" cá de casa pelo escore de 3 a 2".
O clube entrou na Liga em 1917 e chegou às finais, mas perdeu para o Flamengo-PE. Em 1931, mais precisamente a 13 de dezembro, o Santa fazia seu pavilhão espraiar-se por todo Pernambuco, quando, depois de uma bela campanha, derrotava o Torre por 2 a 0, gols de Valfrido e Estêvão e sagrava-se campeão estadual pela primeira vez. Entre os campeões, duas figuras lendárias no futebol pernambucano: o centroavante Tará e Sherlock. Os heróis do primeiro título do Santa foram: Dada, Sherlock e Fernando; Doía, Julinho e Zezé; Walfrido, Aluízio, Neves, Tara, Lauro e Estevão, João Martins e Popó. Este time conseguiu também o título de 1935.
Na década de 1970, a torcida tricolor teve mais um motivo para comemorar: a inauguração do Arruda. O estádio, cujo terreno havia sido posto à venda em 1952 pelo proprietário do terreno, recebeu o nome de José do Rego Maciel, por ter sido este o prefeito na época em que o Santa recebeu da prefeitura a posse definitiva do terreno, em 1954. Somente em 1965, com a venda de cadeiras cativas e títulos patrimoniais é que o Tricolor começou a construir seu estádio.
Em 1980, o Santa conquistou o título de Fita Azul do Brasil, que foi dado pela CBF ao Santa Cruz por ter feito uma excursão no exterior sem perder nenhuma partida. A excursão aconteceu durante o mês de março e o time tricolor enfrentou adversários do Oriente Médio (Seleções de diversos países como Kuait, Catar, Arábia) e da Europa (Paris Saint-Germain e Seleção da Romênia).
Nos anos 1980 os tricolores foram campeões da década, levantando o Campeonato Pernambucano por quatro vezes, em 1983 (Tri Supercampeonato), em 1986, em 1987 e em 1990, último ano desta década.
Considerada a maior torcida do Nordeste e uma das maiores torcidas do Brasil, a torcida do Santa Cruz ficou bastante conhecida no País, pela fama de apaixonada pelo clube, em 2007, o Santa Cruz caiu para Série C, com uma média de público de 28mil torcedores, no ano seguinte em 2008 na Série C, o Tricolor teve uma média de 22mil, e mais uma vez o clube rebaixado para a Série D em 2009, a média do Santa Cruz foi de 38mil, a segunda maior média de público do País em toda as divisões, em 2010 o time jogou a Série D, e teve uma média de 30mil torcedores, a maior média de público do País, em 2011 a torcida do Santa deu show, com os maiores públicos do Brasil o Tricolor mostra para o Brasil que tem uma das melhores torcida que um clube pode ter.

Clube Náutico Capibaribe
Apesar de a data oficial de fundação ser 7 de abril de 1901, já se falava no Clube Náutico Capibaribe desde o século anterior, quando dois grupos rivais de remadores recifenses se uniram. No início de tudo, em 1897, um grupo de rapazes amantes do remo, comandados por João Victor da Cruz Alfarra, alugava barcos da antiga Lingueta, saindo em pequenas excursões até a antiga Casa de Banhos do Pina. Essas viagens alcançavam até o bairro de Apipucos.
Quando, depois de terminada a revolta dos Canudos, os recifenses preparavam-se para receber as tropas pernambucanas comandadas pelo general Artur Costa, uma vasta programação foi preparada para a recepção aos soldados. João Alfarra e alguns dos seus companheiros de proeza pelo Capibaribe foram encarregados de preparar a parte náutica da recepção, e ficou marcada uma grande regata para o dia 21 de novembro de 1897. Essa competição despertou o interesse dos recifenses, que sentiram a necessidade de fazer outras promoções do gênero. O remo começou a ganhar novos adeptos e, no ano seguinte, empregados dos armazéns das ruas Duque de Caxias e Rangel formaram uma agremiação, à qual deram o nome de Clube dos Pimpões. Os componentes do outro grupo, o que tinha brilhado na regata da recepção às tropas de Canudos, animaram-se e houve uma série de combates entre as duas turmas, em 1898, na Casa de Banhos.
No final de 1898, ficou acordada a fundação de uma outra sociedade, que congregaria os dois grupos antes mencionados: o Clube Náutico Capibaribe. Em fins de 1899, por decisão dos seus dirigentes, o clube passou por um processo de reorganização, mas manteve a fidelidade aos esportes náuticos. Nessa ocasião, seu nome foi mudado para Recreio Fluvial. Mas a nova denominação não foi do agrado de todos, resultando que, no início de 1901, foi restaurado o nome anterior – Clube Náutico Capibaribe. E, em 7 de abril de 1901, João Alfarra convocou todos os ligados ao remo para uma solenidade na qual seria lavrada e registrada a primeira ata da agremiação, data que ficou reconhecida oficialmente como a fundação do clube. O documento histórico recebeu a assinatura de todos os presentes - de Antônio Dias Ferreira, presidente da reunião, de Piragibe Haghissé, secretário, e de João Victor da Cruz Alfarra, líder do grupo e pai da ideia. As primeiras cores adotadas pelo clube foram o azul e o branco.
O futebol só apareceu no clube a partir de 1905. Só no ano seguinte, um grupo de ingleses formou o primeiro time. Suas atividades, entretanto, limitavam-se aos domingos, no campo de Santana ou na campina do Derby.
Nessa época, o Náutico ficou conhecido como "Clube dos Brancos", por não permitir negros e mestiços vestindo sua camisa - fato que, assim como em outros clubes brasileiros de origem aristocrática, seria totalmente abolido anos depois.
No Jornal Pequeno de 12 de maio de 1909 encontra-se a primeira referência ao futebol do Náutico:
Consta-nos que os rapazes do Náutico tratam de formar um eleven para bater-se com os do Sport Club
A 21 de junho de 1909, o mesmo jornal publicou o seguinte texto:
Houve ontem no magnífico ground do Derby o primeiro match-training dos estimados rapazes do Club Náutico. Às 5 horas da manhã lá estavam já todos os moços que deviam tomar parte no jogo, alegres e prontos para entrar em combate. Foram logo designados os lugares dos jogadores que tomaram lugar no match-training e dado início ao jogo. Pertencem a este team os arrojados footballers: R. Maunsell, Hermann Ledebour, João Drayer e Artur Ludgren. Os ensaios terminaram pouco depois das 8 horas da manhã, deixando a melhor impressão ao sr. R. Maunsell instructor dos moços. Serviu referee o senhor Hermann Ledebour. Damos parabéns aos rapazes do Náutico pelo bonito começo no foot-ball.
O Náutico jogou com King (goleiro), Avila (lateral direito), Smith (zagueiro central), Ivatt (quarto zagueiro), Cook (lateral esquerdo), Ramage (cabeça-de-área), H. Grant (meia-direita), Thomas (meia-esquerda), Américo Silva (ponta-direita), Maunsell (centro-avante) e João Maia (ponta-esquerda).
Em 1914, foi criada a Liga Recifense de Futebol, mas o Náutico não fez parte dela. Os seus jogadores procuraram ingressar nos outros clubes que se haviam filiado. O clube João de Barros, atual América, foi o que mais ganhou com a evasão dos jogadores do Náutico.
Em 1915, porém, sentiu-se a necessidade de criar uma nova entidade para orientar o futebol da cidade. Foi fundada dessa maneira a Liga Sportiva Pernambucana, à qual o Náutico se filiou. Com isso, os jogadores voltaram, mas o clube se manteve sem muito interesse até chegar à fase do profissionalismo, quando logo conseguiu ser campeão, em 1934, repetindo o feito em 1939, ano em que foi fundado o Estádio dos Aflitos. Nesta época brilhou Fernando Carvalheira, segundo maior artilheiro da história do Timbu até hoje, com 185 gols, além de ser o maior artilheiro em clássicos contra o Sport e terceiro maior em clássicos contra o Santa Cruz.
O tempo e a história encarregar-se-iam de provar que aquela decisão de se dedicar com mais interesse ao futebol havia sido uma decisão sábia: o Náutico, um clube laureado nas regatas desde os primeiros tempos, seria, com o passar dos anos, vitorioso também no futebol - pioneiro em Pernambuco em jogos pelo exterior, primeiro tetra, primeiro penta, primeiro e exclusivo hexacampeão pernambucano entre 1963 e 1968. Foi ainda vice-campeão da Taça Brasil em 1967, conseguindo uma participação na Copa Libertadores da América.
Na história da Taça Brasil, o Náutico chegou entre os quatro primeiros colocados por cinco vezes, ficando apenas atrás do Santos neste quesito. Nas seis edições em que participou deste torneio, o Náutico disputou 38 jogos, com 19 vitórias, 6 empates, 13 derrotas, 62 gols a favor e 46 contra. O vice-campeonato de 1967 foi a melhor colocação, com o Timbu ficando 2 vezes em terceiro e outras 2 em quarto, além do sétimo lugar em 1964, na colocação menos brilhante do Náutico na Taça do Brasil.
Considerando a terceira colocação na Copa do Brasil de 1990, por seis vezes o Náutico ficou entre os quatro mais bem colocados de torneios disputados em formato de copas nacionais, melhor performance de um clube do Nordeste, considerando este parâmetro.
Na principal competição sul-americana, o Náutico foi eliminado por um erro da Conmebol, que não havia autorizado duas substituições por jogo naquele ano, regra já estipulada pela FIFA e usada no Brasil pela CBD. O treinador do Náutico, para gastar tempo, substituiu um atleta quando o time já tinha a vitória garantida contra o Deportivo português, da Venezuela, e acabou acarretando a eliminação da equipe, com a perda dos pontos da partida, após o jogo. A equipe venezuelana acabou, então, por ganhar a vaga do Náutico no grupo e se classificar para a fase seguinte.
Na década de 1960, a melhor de sua história, o Náutico conquistaria também o título de Tricampeão da Copa Norte em 1965, 1966 e 1967, além de Campeão dos Campeões da Copa Norte em 1966. Um dos principais responsáveis por essas grandes conquistas do Náutico foi o atacante Silvio Tasso Lasalvia, o Bita, maior artilheiro da história do Timbu com 221 gols marcados em 319 jogos entre 1962 e 1971. Uma de suas grandes partidas foi contra o Santos de Pelé, no Estádio do Pacaembu, pela Taça Brasil de 1966, quando o Náutico venceu o Santos por 5 a 3, quando Bita marcou quatro gols. O alvi-rubro se manteria invicto em seu estádio por 85 jogos, com 70 vitórias e 15 empates entre 29 de novembro de 1963 e 30 de março de 1969.
Sport Club do Recife.
Guilherme de Aquino Fonseca, fundador do Sport Club do Recife, era integrante de uma rica família pernambucana. Seu pai, João d'Aquino Fonseca e sua mãe Maria Eugênia Regadas Aquino Fonseca era exigente quanto a conduta e caráter dos filhos, então, mandou Guilherme à Inglaterra para realizar seus estudos. Ele estudou na Universidade de Cambridge onde se formou engenheiro. Quando da Europa voltou, no ano de 1903, trouxe, além de sua formação, a paixão pelo futebol que era, àquela época, um esporte de elites.
A partir dos primeiros contatos com a bola, o jovem recifense começou a sonhar alto. Ao voltar, prometia a ele mesmo, que fundaria um clube de futebol, que mais tarde, viria a ser o Sport, e, com a habilidade latina, seria possível jogar melhor que os ingleses. Em breve, também poderiam existir vários outros clubes, e o futebol ganharia popularidade rapidamente, pensava Guilherme, que, com seu próprio dinheiro, comprou bolas, apitos e todo tipo de material necessário para a prática do esporte.
Em 13 de maio de 1905, ao meio-dia, no salão da Associação dos Empregados do Comércio do Recife, era fundado o Sport Club do Recife. Junto com o clube, nascia também o futebol pernambucano, já que não há registros de qualquer time de futebol no estado antes da fundação do Leão da Ilha.
Dias depois da fundação, mais precisamente em 28 de maio, foi formada a primeira diretoria do Sport, com a seguinte formação:
Presidente - Elysio Alberto Silveira, Vice-presidente - Boaventura Alves Pinho, 1º Secretário - Mário Sette, 2º Secretário - Frederico Rúfilo de Oliveira, Tesoureiro - Oscar Torres, Procurador - Alberto Amorim, Diretor de Esportes Terrestres - Guilherme de Aquino Fonseca, Diretor de Esportes Marítimos - Paulino de Miranda, Diretor da Tuna Musical - Carlos Meneses.
Guilherme de Aquino Fonseca, deixou o seguinte depoimento sobre o processo de fundação do Sport Club do Recife:
Nessa época, eu havia instalado um estabelecimento de modas, para ambos os sexos, com o maior luxo da cidade, denominado de Casa Metrópole e situado na antiga Rua Nova. Ali reuniam-se os grupos que discutiam a organização de um clube, tornando-se o ponto predileto dos portmen, como bem diz o Mário Sette, nosso primeiro secretário, no seu livro Maxambombas e Maracatus. Era o viveiro das ideias esportivas. Foi, afinal, o Sport Club do Recife, o nosso grande baluarte, organizado e, podemos dizer, fundado nesse estabelecimento comercial que, produzindo esse acontecimento, terminou sendo fechado, por isso que, moço como era (20 anos), tendo uma criação fidalga, a desconhecer o valor do dinheiro, deixei de ter as necessárias cautelas financeiras, desviando os meus cuidados e as minhas atenções da parte comercial para me entregar de corpo e alma ano nosso clube. Não seria lógico e decente a fundação de uma agremiação esportiva nos fundos de uma loja, pelo que obtivemos a gentil e generosa aquiescência do presidente da Associação dos Empregados do Recife, a fim de que os seus salões e dependências fossem abertas para honrar a primeira assembleia de instalação e fundação do Sport Club do Recife.
O clube tem um grande patrimônio, com uma estrutura formada por estádio multe equipado, centro de treinamento e garagem de remo. O Complexo Esportivo da Ilha do Retiro, com área total de 14 hectares (140.000 m²), abriga sede social, campo principal e auxiliar, apart-hotel com 12 apartamentos para concentração dos profissionais, alojamento para concentração das categorias de base, tribuna de honra, sala de imprensa, vestiários, parque aquático, parque de tênis, quadras de basquete, handebol, hóquei, futsal, vôlei, entre outros esportes. O Estádio da Ilha do Retiro, pela sua estrutura, localização, e por obedecer a padrões FIFA, é considerado o melhor estádio do Nordeste. O Rubro-negro também possui o CT do Leão, centro de treinamento esportivo destinado ao elenco profissional, às categorias de base e ao futebol feminino; além de uma tradicional garagem de remo.
No futebol, é dono de cinco títulos com chancela da CBD/CBF, referente aos anos de 1968, 1987, 1990, 2000 e 2008; sendo 3 nacionais e 2 regionais. Suas maiores glórias são o Campeonato Brasileiro de 1987 e a Copa do Brasil de 2008. Além de ser Bicampeão Nacional de elite, o Sport possui um título Brasileiro da Série B de 1990, é Campeão do Norte-Nordeste de 1968, Bicampeão do Nordeste em 1994 e 2000, e 39 vezes Campeão Pernambucano, sendo o maior vencedor da competição nos séculos XX e XXI, e maior detentor de títulos do estado. Além do futebol profissional, O Leão também possui tradição no futebol de categorias de base, no futebol feminino, e nos esportes olímpicos (em modalidades como remo, natação, hóquei, basquete, futsal, vôlei, tênis de mesa, taekwondo, judô, atletismo etc.), acumulando conquistas regionais, nacionais e internacionais.
O Rubro-negro é intitulado pela FIFA como um Clube Clássico brasileiro, sul-americano e mundial, fazendo parte do hall de grandes clubes desta federação futebolística internacional. No Ranking da CBF está na 16ª posição; no Ranking da CONMEBOL detém a 59ª posição, figurando em ambos, como o clube nordestino mais bem colocado do Brasil e da América, respectivamente. Tem uma rivalidade histórica com o Clube Náutico Capibaribe, donde o confronto entre ambos é conhecido como o Clássico dos Clássicos, sendo este o terceiro clássico mais antigo do país; com o Santa Cruz Futebol Clube, cujo confronto é denominado de Clássico das Multidões; e com o América Futebol Clube, onde duela no Clássico dos Campeões.